Auscultação do Diálogo Político inicia amanhã, e ANAMOLA vai se posicionar

Moçambique entra esta segunda-feira, 6 de outubro de 2025, na fase de Auscultação Pública do Diálogo Nacional Inclusivo, um processo que o Governo apresenta como um exercício de escuta e participação destinado a recolher contributos da sociedade sobre as reformas constitucionais, eleitorais e de governação democrática.

O lançamento oficial será realizado em simultâneo em todas as capitais provinciais e também na diáspora. Em Pemba, o evento começa às 9h00, enquanto nas restantes províncias está previsto para as 13h00. A Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo (COTE), criada pelo Decreto Presidencial n.º 17/2025, de 5 de maio, é o órgão responsável pela coordenação do processo, que deverá prolongar-se pelos próximos meses.

As sessões inaugurais terão lugar em diferentes instituições e espaços públicos: em Lichinga, na Universidade Católica de Moçambique; em Pemba, no Pavilhão do Instituto Industrial; em Nampula, no Hotel Milénio; em Tete, na Universidade Católica de Moçambique; em Chimoio, no Cinema Montealto; na Beira, na Universidade Licungo; em Quelimane, na Tenda do Império G7; em Inhambane, no Instituto Industrial e Comercial Eduardo Mondlane; em Xai-Xai, no Salão Delícias da Assimina; na Matola, no Hotel Ushaka; e em Maputo, no Centro Cultural Moçambique-China.

Após o evento de lançamento, a COTE realizará uma conferência de imprensa nacional para atualizar o ponto de situação do processo e esclarecer dúvidas sobre a metodologia e o alcance das consultas públicas. A Comissão apela à presença dos órgãos de comunicação social, considerando que a cobertura jornalística será essencial para assegurar uma divulgação ampla, rigorosa e transparente desta fase do Diálogo Nacional Inclusivo.

Paralelamente, o Partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autônomo (ANAMOLA) convocou uma conferência de imprensa para este domingo, 5 de outubro, às 17h00, no City Lodge Hotel, em Maputo. O partido pretende posicionar-se publicamente em relação ao processo e apresentar um documento com as linhas-mestras da sua visão de reformas estruturais consideradas cruciais para a estabilidade política de Moçambique.

Com o início da Auscultação Pública e a movimentação de diferentes actores políticos e sociais, o país entra num momento decisivo de debate sobre o seu futuro institucional, onde o diálogo e a divergência se cruzam no mesmo caminho em busca de um novo entendimento nacional.

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